segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Divaldo Franco fala aos médiuns - Responsabilidade no trabalho mediúnico



Reuniões Mediúnicas Espíritas

Fanatismo, rituais e a comunhão de pensamentos

JESUS ENSINA AS CRIANÇAS.
Figura extraída da Homepage Eternal Word Television Network.
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Disse JESUS:

"Em verdade ainda vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre quaisquer coisas que quiserem pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos céus. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou no meio deles." (Mt 18,19-20).
Como realizar uma reunião mediúnica? Há diferença entre uma reunião mediúnica de uma seita religiosa qualquer e uma reunião mediúnica espírita? Uma reunião mediúnica deve obedecer a regras, humanas, para que não se torne uma reunião frívola; entretanto, devemos ter o cuidado para não transformarmos tais regras em dogmas para o Espiritismo, pois este não é UMA religião...

Reuniões mediúnicas espíritas e religião.

Apesar dos resultados da pesquisa neste site, acreditamos que muitos responderam sem conhecimento de causa e alguns com o conceito genérico de religião. A pergunta "O Espiritismo é uma religião?" foi tema de um discurso de ALLAN KARDEC numa Sessão comemorativa do dia dos mortos em 1.º/11/1868 na Sociedade de Paris, tal discurso foi publicado na Revista espírita - Jornal de estudos psicológicos de dezembro de 1868. Nele, vemos claramente que o Espiritismo tem conseqüências religiosas mas, repetimos, não é UMA religião.
Enfim, as regras para uma reunião mediúnica espírita como dia(s) da semana, horário, número de participantes, objetivos, etc. são humanas e flexíveis, servem basicamente para disciplinar, mas não para dogmatizar...
Não temos nada contra as seitas religiosas que realizam suas reuniões mediúnicas de tal ou qual maneira; entretanto, tais seitas religiosas muitas vezes intitulam-se espíritas. Ora, o Espiritismo não é uma religião e, muito menos ainda, uma seita religiosa... A questão não é simplesmente de palavras, mas demétodo. As palavras Espiritismoespírita ou espiritista surgiram em 1857 com a publicação de O Livro dos Espíritos de ALLAN KARDEC, aliás já escrevemos um artigo mostrando as diferenças do Espiritismo em relação a outras crenças espiritualistas (no site millenium news)... A confusão feita com estes termos gera, muitas vezes, discussões que poderiam ser evitadas se houvesse um mínimo de estudo pelas pessoas...

Condições para a realização de reuniões mediúnicas espíritas.

Nosso propósito neste artigo é tentar esclarecer os pontos fundamentais que devem ser levados em conta quando realizamos uma reunião mediúnica espírita com objetivos sérios.
Em primeiro lugar para que tal reunião se realize é preciso que haja médiuns ; todos o somos, mas é necessário que haja mediunato na maioria das pessoas participantes; a propósito, leia-se o nosso artigo Mediunidade, Mediunato e evolução espiritual [Jornal O SEMEADOR (Órgão da FEESP) - abril / 02, p. 8 e 9]; assim, somos de opinião de que obsidiados e doentes mentais não devem participar de reuniões mediúnicas, pois não há neles o mediunato.
Outro aspecto importante é que haja evocação dos Espíritos Superiores para presidirem espiritualmente os trabalhos, contudo, devemos fazer a nossa parte, não devemos achar que eles tudo fazem, por isso é necessário que os médiuns tenham conhecimento doutrinário, principalmente aquele(s) designado(s) para ser(em) o(s) doutrinador(es). Ressaltamos este ponto, embora óbvio, porque temos conhecimento de reuniões mediúnicas, ditas espíritas, em que o doutrinador tem um conhecimento muito superficial de O Livro dos Espíritos (OLE) de KARDEC e que nunca leram a Revista Espírita - Jornal de estudos psicológicos; consideramos isso um absurdo, pois é querer brincar com fogo e esperar que os Espíritos Superiores ajudem e tudo façam, levando-se tudo na base da "intuição".
E, enfim, o mais importante, é que haja uma comunhão de pensamentos bons durante a reunião mediúnica; bem, disso falaremos mais adiante.

Fanatismo nos Centros espíritas.

No dia 21/12/01 recebemos mail de um leitor do jornal espírita, que nos fez várias perguntas, todas respondidas, que merecerão um artigo no JE, no final disse o confrade:

"(...) Futuramente pode nos brindar com um artigo sobre o fanatismo na Casa Espírita?"
ANDRÉ LUIZ P.S.

São Paulo - SP
Vamos tentar satisfazer aqui o pedido do leitor...
Há pessoas que superestimam uma idéia ou grupos de idéias com tal passionalidade que nem ouvem ou não entendem o que outros indivíduos dizem ou escrevem, contrariamente às suas idéias; negam-se a admitir idéias por mais racionais que sejam; são pessoas fanáticas.
O adágio popular brasileiro diz que religião e futebol não se discute, exatamente porque as pessoas polarizam sua afetividade para uma seita religiosa ou para o clube de seu coração e, consequentemente, as discussões religiosas são improfícuas e, algumas vezes, perigosas, tal a irracionalidade com que as pessoas defendem seus pontos de vistas sem enxergar ou ouvir o ponto de vista do outro e podem chegar à agressão física...
Infelizmente, algumas pessoas que se dizem espíritas estão seguindo o mesmo caminho das seitas religiosas e tornam-se fanáticas. Basta que se questione idéias de um Espírito, seu preferido, tornam-se extremamente agressivas, embora sem perder a pose e a linguagem melíflua, pseudo-evangélica e, curiosamente, rotulam as pessoas que delas discordam de obsidiadas, num claro mecanismo que os psicanalistas chamam de projeção, isto é, projetam no outro aquilo que é dele próprio...
Em um Centro, que se diz espírita, do Rio de Janeiro, tivemos conhecimento de uma pessoa que orava por seus parentes doentes, ajoelhada diante de uma foto de BEZERRA DE MENEZES !!... De uma certa feita levou o seu neto (deficiente mental) para uma sessão de psicometria (??) no tal Centro - realizada por uma Sra. que se dizia psicóloga - e, em dado momento da sessão, o rapaz entrou em intensa agitação psicomotora. A atitude da tal que se dizia psicóloga foi chamar a Polícia, que imediatamente levou o paciente para internação psiquiátrica... Quando questionamos a falta de cientificidade da psicometria, a tal que se dizia psicóloga, ficou extremamente irritada, irada mesmo, dizendo que aquele "trabalho" era uma "caridade", uma "mediunidade com JESUS" !!... Em resumo, não admitiu discussão sobre o seu método, como sempre fazem os fanáticos, agredindo verbalmente as pessoas "em nome de JESUS", exatamente como faziam os fanáticos da Idade Média que, inclusive, levaram pessoas para a fogueira, rotulando-as de feiticeiras, tudo "em nome de JESUS".
Enfim, os exemplos multiplicar-se-iam no mesmo estilo, ficaria cansativo citá-los.
O Espiritismo é uma Doutrina, com bases científicas e conseqüências religiosas, mas não é uma religião como opinamos. A excelência da Doutrina Espírita é que ela é racional e, por isso mesmo, não aceita dogmas, só admite como doutrinário aquilo que passe pelo crivo da razão e pelo criterium da concordância. Portanto, é inconcebível o fanatismo em um adepto do Espiritismo, mas desgraçadamente ele existe em alguns que se intitulam espíritas !...
Há vários tipos de fanáticos nos Centros Espíritas: aquele que procura o Centro unicamente para receber passes e acredita que eles lhes são benéficos, no entanto, não se observa nele nenhuma transformação íntima; muitas vezes, continuam sendo pessoas egoístas, rancorosas, agressivas, apesar dos passes. Julgam que indo ao Centro regularmente, sem faltar um só dia, e recebendo seus passes, estariam quites com DEUS e ponto final !...
Outro tipo de fanático é aquele que procura o Centro unicamente para levar "água fluidificada" para casa e alguns mesmo, pasme-se, levam seus familiares para um "banho de ervas" aconselhado por um dirigente "espírita". Ora, nada temos contra quem é adepto da Umbanda, Candomblé, etc., mas confundir-se Espiritismo com tais denominações é, no mínimo, ignorância das obras básicas do Espiritismo...
Outros, ainda, que se dizem espíritas, colocam defumadores em suas casas, querendo com isso afastar os maus espíritos; seria a "fumacinha" quem afastaria os maus espíritos. Ora, um espírito inferior, mas inteligente, desencarnado, acreditará que uma "fumacinha" lhe fará mal?! Certamente que não, inclusive tais espíritos estimularão a crendice das pessoas que se utilizam de tais rituais para se divertirem. Neste aspecto é trágico vermos homens inteligentes admitirem que a "fumacinha" funciona, porque os Espíritos inferiores assim o acreditariam!!...
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Outra crença cega é a de que nos Centros Espíritas haveria uma "barreira fluídica""eletromagnética", dizem os sabichões, para impedir a penetração de maus espíritos; isto é dito como verdade transitada em julgado, somente porque alguns Espíritos, idolatrados entre nós, o afirmaram para demonstrar que o Centro Espírita é um "templo", um "santuário". Ora, o que traz bons ou maus fluidos para o interior de um Centro Espírita são os pensamentos daqueles envolvidos no trabalho. Se, por exemplo, o Presidente de um Centro Espírita é hipócrita, corrupto e só vive com o nome de JESUS nos lábios, no interior do Centro; mas seu comportamento diário, fora dele, é dissoluto, que tipo de espíritos ele atrairá para o interior do Centro? Se não há "barreira fluídica" para impedir a entrada de um Espírito encarnado deste tipo, por que os desencarnados seriam impedidos de entrar? Seria uma injustiça de DEUS: o desencarnado inferior leva choque elétrico se tentar entrar no Centro e o encarnado inferior entraria em conluio com os Espíritos Superiores para enganar a boa fé alheia? Seria absurdo, pois quando os Espíritos Superiores percebem a sintonia de espíritos inferiores em determinados Centros, eles se afastam e, neste caso, a conseqüência é uma verdadeira obsessão coletiva...

Dispersão e a "falta danada de um ritualzinho" - A comunhão de pensamentos.

Em longo mail de 13/04/02, disse uma internauta, estudante de Psicologia, dentre outras coisas:
"(...) Quanto ao ritual que a Doutrina alerta-nos para que dele prescindamos, eu, para lhe dizer a verdade, sinto uma falta danada de um ritualzinho. Hoje, como estudante de Psicologia, vejo o quanto ele tem sido importante para ajudar e manter a mente mais aglutinada, promovendo força mental. Vejo nos Centros como as pessoas ficam dispersas e o quanto tem sido difícil para nós, estressados de ultimamente, 'sacarmos' a importância do nosso templo e mantermo-nos condignamente no ambiente, dele aproveitando o melhor possível. (...) Não que eu pense que devamos incluir rituais em nossas casa, mas o que fazermos para que nós espíritas consigamos nos concentrar mais para orarmos, meditarmos etc., sem uma velinha, um mantrasinho, etc ?."
R.P.S.
Cuiabá - MT
A leitora, estudante de Psicologia, portanto, com bom nível intelectual, sente a necessidade de "uma velinha, um mantrasinho" e a "falta danada de um ritualzinho" para se concentrar e reclama da dispersão de pensamentos nos Centros Espíritas; imagine-se o que acontece com as pessoas não intelectualizadas!...
Ainda somos inferiores, pois sentimos uma "falta danada de um ritualzinho", e neste sentido pronunciaram-se os Espíritos Superiores num trecho da resposta da questão 554 de OLE: " (...) Ora, é difícil que aquele que é tão simplório para crer na virtude de um talismã não tenha um objetivo mais material que moral. Qualquer que seja o caso, isso indica estreiteza e fraqueza de idéias, que dão azo aos espíritos imperfeitos e zombadores". No entanto, cabe-nos combater essa inferioridade através do estudo da Doutrina dos Espíritos e através da prática da caridade bem compreendida.
Obviamente, sentimos nosso pensamento disperso algumas vezes, mas se houvesse verdadeira educação mediúnica nos Centros Espíritas, com certeza tais fatos lamentáveis de fanatismo e necessidade de fetiches desapareceriam, pois seríamos médiuns prontos e saberíamos concentrar-nos efetivamente, sem necessidade de velinhas, mantrasinhos e outros objetos de qualquer tipo, pois o importante é o pensamento e não o objeto.
Certa vez disseram-me que 'médiuns videntes" tinham observado num Centro Espírita a entrada de Benfeitores Espirituais, que teriam derramado seus fluidos espirituais nas garrafinhas d'água colocadas pelos adeptos e que, inclusive "viram fluidos de várias colorações, etéreas, belíssimas". Apesar disso ser uma crença generalizada, vejamos a opinião do astrônomo CAMILLE FLAMMARION - aquele mesmo que ao pé do túmulo de KARDEC disse que este era "o bom senso encarnado" :

CAMILLE FLAMMARION
(1842-1925)
"(...) Tendo o sensitivo bebido, em estado de vigília, um copo de água, com sugestão mental de ser um copo de kirsch, manifestou todos os sintomas de embriaguez durante vários dias. Foram os fenômenos deste gênero que fizeram crer aos magnetizadores poderem eles, magnetizando um copo de água ou um outro objeto, impregnar seus fluidos de diferentes qualidades físicas ou químicas (...)" - os grifos são do autor - (CAMILLE FLAMMARION. O Desconhecido e os problemas psíquicos. Vol. II.

3 ed. FEB, Rio, 1980, p. 24). E conclui o grande cientista espírita:

"(...) A magnetização é neste caso inútil, pois que é o pensamento que age sobre o cérebro do paciente e não sobre o objeto" - o grifo é do autor -(op. cit., p. 24).
As palavras de FLAMMARION não são meras palavras, são fruto de pesquisas rigorosas...
Vejamos o que nos diz ALLAN KARDEC sobre a comunhão de pensamentos:
"Todas as reuniões religiosas, seja qual for o culto a que pertençam, são fundadas na comunhão de pensamentos; é aí, com efeito, que podem e devem exercer toda a sua força, porque o objetivo deve ser o desligamento do pensamento do domínio da matéria. Infelizmente a maioria se afasta deste princípio, à medida que tornam a religião uma questão de formaDisto resulta que, cada um, fazendo seu dever consistir na realização da forma, se julga quites com Deus e com os homens, desde que praticou uma fórmula. Resulta ainda que cada um vai aos lugares de reuniões religiosas com um pensamento pessoal, por conta própria e, na maioria das vezes, sem nenhum sentimento de confraternidade, em relação aos outros assistentes: isola-se em meio à multidão e só pensa no céu para si próprio." (o grifo é nosso). E prossegue O Codificador:
"Certamente não era assim que o entendia Jesus, quando disse: Quando estiverdes diversos, reunidos em meu nome, eu estarei em vosso meio. Mas não se pode estar reunido em nome de Jesus sem assimilar os seus princípios, a sua doutrina. Ora, qual é o princípio fundamental da doutrina de Jesus? A caridade em pensamentos, palavras e ação. Os egoístas e os orgulhosos mentem quando se dizem reunidos em nome de Jesus, porque Jesus não os conhece por seus discípulos" (ALLAN KARDEC. Revista Espírita- Jornal de estudos psicológicos. Ano VII,1864, EDICEL,São Paulo, p. 354-355).
Portanto, o pensamento é tudo a forma quase nada ou nada. As reuniões mediúnicas espíritas tem de ser realizadas com médiuns verdadeiros e estes não são reconhecidos por nenhum sinal exterior, como foi o caso, absurdo, de uma pessoa que dizia reconhecer o médium através das manchas das unhas das mãos. Uma tal pessoa numa reunião mediúnica conseguiria que JESUS estivesse entre eles reunidos?...

POR:

Iso Jorge TeixeiraCREMERJ: 52-14472-7
Psiquiatra. Livre-Docente de Psicopatologia e Psiquiatria da Faculdade de
Ciências Médicas (FCM) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Pedofilia na visão espírita - Dr. Ricardo Di Bernardi

Assunto delicado e grave. Vejamos alguns aspectos iniciais:
-Como o espiritismo vê a questão da pedofilia?
Como um grave desequilíbrio mental e espiritual, necessitando severo tratamento multidisciplinar, isto é envolvendo diversos profissionais além de tratamento espiritual complementar.

Qual a razão de existirem pedófilos?
A mesma razão de existirem quaisquer outros desequilíbrios psíquicos. São atitudes doentias que se estruturaram ao longo de uma ou mais existências ou seja reencarnações. Ninguém foi criado pedófilo.

O que se passa nas suas mentes?
Cada um deles tem uma história. Não há como colocar todos em um mesmo rótulo. Mas poder-se-ia dizer que tem um impulso sexual doente e destituído de ética.

Quais os traumas que eles têm?
Diversos, e variam conforme cada caso. Podem ter sofrido: violência infantil, abandono, desprezo, presenciado quando em tenra idade, sexo entre os pais, enfim outras distorções de educação ou de vivência.

Como se explica tal comportamento?
A resposta é tão difícil como explicar qualquer outra grave alteração de comportamento. São espíritos que pelo seu atraso, imaturidade, ignorância e sobretudo pelo livre arbítrio desviaram-se da linha normal de conduta.

E as vitimas, por quê isso?
Em diversas oportunidades, quando fizemos palestra sobre reencarnação, fomos questionados posteriormente sobre a dolorosa e delicada circunstância da PEDOFILIA. Principalmente, ao se propiciar perguntas nos serem dirigidas por escrito viabilizava-se este questionamento.
Embora o tema seja potencialmente polêmico e desagradável, não há como ignorá-lo no contexto de nossa situação planetária. Nossa abordagem será pelo ângulo transcendental e reencarnacionista considerando que são dois (2) espíritos, no mínimo, envolvidos na tragédia
em questão. Cumpre-nos esclarecer que o livre arbítrio é o maior patrimônio que nós, espíritos humanos, temos alcançado ao atingirmos a faixa evolutiva pensante. Livre arbítrio que não legitima atitudes, mas oportuniza às criaturas decidir e se responsabilizar pelas conseqüências de seus atos posteriores.
Outra premissa que deveremos estabelecer é aquela da maior ou menor repercussão dos atos perante a Lei Universal, em função do nível de esclarecimento que possuímos. Importante também salientar que não há atos perversos que tenham sido planejados pela espiritualidade superior. Seria de uma miopia intelectual sem limites, a idéia de que alguém deve reencarnar a
fim de ser violentado ou sofre pedofilia.
A concepção do Deus punitivo e vingativo já não cabe mais no dicionário dos esclarecidos sobre a vida espiritual. Deus é a fonte inesgotável de amor.
É a Lei maior que a tudo preside, uma lei de amor que coordena as leis da natureza. Então, como conceber a violência física? Como enquadrar a onipresença divina em situações e sofrimentos que observamos? Deus estaria ausente nestas circunstâncias? Ou estaria presente? Para muitos indivíduos se estivesse presente já seria motivo para não crer na sua existência ou na
sua infinita bondade e onisciência.
Outra questão importante: Quem é a "vítima"? Analisemos. Cada um de nós ao reencarnar trouxe todo o seu passado impresso indelevelmente em si mesmo, são os núcleos energéticos que trazemos em nosso inconsciente construídos no passado.
Espíritos que somos e pelas inúmeras viagens que percorremos, representadas pelas inúmeras vidas, possuímos no nosso "passaporte" inúmeros "carimbos" das pousadas onde estagiamos em vidas anteriores. Hoje, a somatória dessas experiências se traduzem em manancial energético que irradia constantemente do nosso interior para a superfície desta vida.
Assim, é também a "vítima". A criança, que hoje se apresenta de forma diferente, traz em seu passado profunda marcas de atitudes prejudiciais a irmãos seus. Atitudes de desequilíbrio que são gravadas em si mesma.
Algumas dessas, hoje crianças, participaram intelectualmente de verdadeiras emboscadas visando atingir de maneira dolorosa a intimidade sexual de criaturas; outras foram executoras diretas, pela autoridade que eram investidas, de crimes nesta área. Enfim, são múltiplas as situações geradoras da desarmonia energética que agora pulsa constantemente nos
arquivos vibratórios da criança, nossa personagem neste drama.
Pela Lei Universal da sintonia de vibrações, poderá ocorrer, em um dado momento, uma surpresa desagradável. O espírito, criança agora, poderá atrair e sintonizar com a frequencia do agressor, ou seja, o pedófilo e ser agredida.
Identificados dois dos protagonistas (agressor e criança), temos também que considerar o frequente processo obsessivo que vinha se desenvolvendo. Uma outra entidade pode estar fixa perifericamente ou até profundamente à trama perispiritual de um ou dos dois envolvidos no processo.
Lembramos, novamente, não foi em hipótese alguma programada a violència ou o estupro, nem ele em qualquer circunstância teria justificativa. No entanto, o crime existindo, necessário compreender em uma visão mais ampla o que está acontecendo. A espiritualidade sempre fará o máximo para evitar o "mal" ou não sendo possível, apoiar aos que sofrem.
O espírito submetido à violência da pedofilia sofre intensamente no processo, conforme o seu grau de maturidade espiritual. Não houve a programação, mas a tendencia que trazia era forte e havia o risco em passar por algo do gênero , que, a espiritualidade não conseguiu evitar. Perante a Lei divina sabemos que o espírito reencarnado não deve receber a agressão arbitrária em face da violência cometida por outro. Violência que gera violência, um ciclo triste que necessita ser rompido com uma postura de amor, de orientação e de perdão.
A violência da pedofilia gera, muitas vezes, profundos traumas em todos os envolvidos exacerbando a dolorosa situação cármica da constelação familiar.
Há, também, espíritos afins e benfeitores que, visam amparar os envolvidos nesta dor. Amigos do extrafísico cheios de ternura em seu coração, com projetos de dedicação e amparo, sempre se fazem presentes.

O tempo se encarregará de cicatrizar os ferimentos da alma.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

sexta-feira, 29 de novembro de 2011

HOMOSSEXUALIDADE NA VISÃO ESPÍRITA


Deus criou espíritos e estes não tem sexo.
Então, tanto podemos encarnar em um corpo masculino como feminino. Quando estamos encarnados, interpretamos papéis, como artistas num filme ou novela.
Um homem, por exemplo, não É homem, ele ESTÁ interpretando o papel de homem, porque veste um corpo masculino.
Assim ocorre em relação à mulher.
Na próxima encarnação não sabemos em que sexo reencarnaremos.
Todos nós, trazemos gravado na memória espiritual, o que fizemos em encarnação anterior.
A homossexualidade, por exemplo, pode ter várias origens: EXPIAÇÃO que resulta no travesti; OPÇÃO que é resultado de viciação;ESTÍMULO DOS PAIS e MISSÃO. Vamos explicá-las segundo a visão espírita de Richard Simonetti e Divaldo Franco:
1º) No caso de EXPIAÇÃO, são espíritos que abusaram do sexo oposto, geralmente para saciar seus instintos sexuais, levando-os ao suicídio, por exemplo, e que agora reencarnaram (obrigatoriamente) num corpo oposto da encarnação anterior, para sentir na pele as humilhações, os abusos que uma mulher sofre por parte de alguns homens e vive-versa, para aprender a não cometer o mesmo erro numa próxima encarnação. Então, estes usam um corpo feminino, mas seu desejo é masculino, ou seja, eles olham para uma mulher e sentem atração física. O mesmo acontece com o homossexual masculino. Estes também, por vários motivos, abusaram dos sentimentos de pessoas do sexo oposto. Agora se encontram (obrigatoriamente) em corpos masculino sentindo atração por pessoas do mesmo sexo. Neste caso, surge O TRAVESTI - o homem que simula ser mulher e vice-versa. Geralmente eles se vinculam a atividades artísticas, vestindo-se do sexo que pretendem ser. O travesti só se enquadra na homossexualidade, na medida em que dê vazão aos seus impulsos sexuais orientados pela psicologia invertida. Os mais imaturos acabam envolvendo-se com a prostituição, atendendo pessoas desajustadas que buscam aventuras sexuais.
2º) Podemos dizer que, a maior parte da homossexualidade é muito mais uma questão de OPÇÃO e, mais que isso, de "VICIAÇÃO". Assim como há indivíduos que se viciam no fumo, no álcool, nas drogas, há viciados do sexo que, à procura de sensações, acabam desenvolvendo práticas homossexuais. A homossexualidade pode desenvolver-se na adolescência, como curiosidade juvenil, muitas vezes motivada pelo modismo determinado pela mídia televisiva; por crianças que são abusadas por adultos; ou em prisões, como alternativa para necessidades sexuais; por prostituição, para ganhar dinheiro . . . Estes não tem o conflito da mente com o corpo. Por isso há homossexuais masculinos muito viris, assim como há lésbicas, que são extremamente femininas.
3º) Há também, indivíduos que tornaram-se homossexuais por "ESTÍMULO DOS PAIS." Pais frustrados que estimulam comportamentos equivocados na conduta sexual dos seus filhos. A mãe que esperava uma menina e veio um menino; ela começa a vestir o menino de menininha, e transferir seus conflitos e irrealizações para o filho, ou o pai que desejava um filho varão para preservar o nome, e veio uma filha; ele passa a tratá-la com dureza, porque no inconsciente, está marcando esse espírito profundamente e submetendo-o a uma conduta de comportamento sexual que não harmonizará sua psicologia com sua anatomia.
4º) E para finalizar, a homossexualidade pode também ocorrer como uma opção do Espírito quando, em MISSÃO, pretenda dedicar-se a determinadas tarefas, optando por esta "anomalia" que inibirá seus impulsos de acasalamento. Geralmente são espíritos que tiveram várias encarnações num corpo masculino, por exemplo, e quando pedem para vir num corpo feminino sentem-se estranhos. Com uma psicologia (pensamento) que não se ajusta à morfologia (corpo), tenderá (em alguns casos) a sentir atração por indivíduos do mesmo sexo. Como sua consciência não lhe permitirá um envolvimento desse tipo, que sente ser contrário à Natureza, optará pela solidão afetiva, com o que passará a dedicar-se inteiramente às tarefas a que se propôs, desdobrando sacrificial existência. Encontramos, na História, inúmeras personalidades de destaque nos domínios da Cultura, da Arte, da Filosofia, da Ciência, da Religião, que viveram essa contingência. Passaram incompreendidos, ridicularizados e caluniados por seus contemporâneos quanto à sua posição em relação ao sexo, mas, mantendo SEVERAS DISCIPLINAS DE CASTIDADE, canalizaram suas forças genésicas para gloriosas realizações em favor da Humanidade.
O Espiritismo não é contra a homossexualidade?
Resposta de Divaldo Franco: “O Espiritismo, de forma alguma, é contra a estrutura homossexual do indivíduo, não estando de acordo, porém com a pederastia, a entrega do homossexual aos hábitos e práticas perturbadoras, o que é muito diferente.”(...) "O que a doutrina diz é que, o homossexual deve procurar respeitar a si mesmo; não se permitir descer a situações promíscuas; deve respeitar seu parceiro(a); deve respeitar o grupo social, não pretendendo impor a sua orientação sexual como sendo a que todos devem seguir. Porque todos temos, invariavelmente, um certo tipo de comportamento e o consideramos normal. Desejamos consciente e inconcientemente que o mundo mude para estar do nosso lado, quando os outros também tem seus comportamentos e suas orientações sexuais."
OBSERVAÇÃO: ENTÃO, PODEMOS DIZER QUE, O HOMOSSEXUAL NÃO DEVE IMPOR SUA CONDIÇÃO SEXUAL AO HETEROSSEXUAL E VICE-VERSA. ASSIM COMO HÁ HOMOSSEXUAL E HETEROSSEXUAL COM COMPORTAMENTO PROMÍSCUO, AGRESSIVO À SOCIEDADE, HÁ TAMBÉM HOMOSSEXUAL E HETEROSSEXUAL DISCRETO, QUE RESPEITA E SE RESPEITA. A MUDANÇA DE COMPORTAMENTO VIRÁ COM O AMADURECIMENTO DO ESPÍRITO E NÃO COM A IMPOSIÇÃO DE OUTROS ESPÍRITOS TAMBÉM FALHOS. QUEM QUER TER LIVRE ARBÍTRIO DEVE CONCEDER O MESMO AOS OUTROS. SÓ ASSIM VIVEREMOS HARMONIOSAMENTE, ATÉ QUE A HUMANIDADE AMADUREÇA E APRENDA A RESPEITAR A PRÓPRIA SEXUALIDADE, DISPONDO-SE A FAZER DA ATIVIDADE SEXUAL NÃO MERA FONTE DE PRAZER ANIMAL, MAS, FUNDAMENTALMENTE, UM COMPLEMENTO DA COMUNHÃO AFETIVA, SOB INSPIRAÇÃO DO AMOR QUE UNE O HOMEM E A MULHER PARA AS EXPERIÊNCIAS SAGRADAS DA VIDA FAMÍLIAR.

Texto baseado nos livros: QUEM TEM MEDO DOS ESPÍRITOS de Richard Simonetti e LAÇOS DE FAMÍLIA de Divaldo Franco.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Transplante de Órgãos na Visão Espírita



 


 Desde a mais remota Antigüidade o homem tenta substituir partes do corpo e até mesmo órgãos inteiros por similares retirados de doadores. As primeiras notícias que mostram esse procedimento datam do ano 800 a.C., quando, na Índia, efetuaram-se transplantes para reparar partes lesadas do nariz com a pele retirada da fronte de um doador.
Nos tempos modernos, contudo, o primeiro transplante de um órgão vital executado com relativo sucesso ocorreu na África do Sul, em 1967, graças à habilidade do cirurgião Christian Barnard em dominar as técnicas operatórias cardiovasculares já então desenvolvidas. Hoje, devido a uma maior compreensão dos mecanismos responsáveis pela rejeição de tecidos, os transplantes cardíacos, hepáticos e renais têm ocorrido de maneira por assim dizer rotineira, em alguns casos permitindo sobrevida que ultrapassa uma dezena de anos.
Consciente da realidade do Espírito imoral, é natural que a grande família espírita de nosso país se preocupe com o assunto ou lhe oponha alguns questionamentos, sobretudo a partir da promulgação da Lei nº 9434, de 4 de fevereiro de 1997, que “dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências”.
O cerne da questão é a denominada morte encefálica, na vigência da qual, órgãos ou partes do corpo humano são removidos para utilização imediata em enfermos deles necessitados. A dificuldade reside justamente em identificar, com precisão, se determinada criatura já preenche os requisitos exigidos para ser classificada nessa situação. Como imaginar que alguém possa ter morrido, se o seu coração ainda bate? E quem garante que a Medicina terá dado a sua última palavra ao afirmar que o agonizante em coma encontra-se em processo irreversível e inexorável em direção à morte? Afinal de contas, há tantos relatos verídicos de enfermos em tais condições que recuperaram parcial ou totalmente a saúde e se reintegraram ao convívio social... E se confundirmos o estado de morte encefálica, retirando órgãos vitais de pessoas ainda vivas? Qual a repercussão desse ato sobre o corpo físico do doente? Não estaríamos, nesta hipótese, cometendo um assassinato? E que dizer do perispírito, esse modelador plástico de importância tão significativa na elaboração do organismo em que vai habitar por algum tempo o Espírito imortal? Tais as questões sobre as quais importa nos fixemos na tentativa de esclarecer o assunto.
Vamos começar pela definição de morte encefálica. O conceito é baseado na constatação clínica de coma aperceptivo e ausência total de reflexos ou de movimentos supra-espinhais que não sejam provocados por hipotermia ou depressão medicamentosa, observados por um tempo mínimo de seis horas. Tal achado clínico deverá necessariamente respaldar-se em um exame subsidiário que demonstra de forma cabal e definitiva a ausência de atividade elétrica cerebral, de perfusão sangüínea cerebral ou de atividade metabólica. A primeira é evidenciada pelo eletroencefalograma e pelo estudo dos potenciais evocados; a segunda, pela arteriografia cerebral, pelo estudo radioisotópico, pela ultrasonografia transcraniana e pela monitorização da pressão intracraniana, enquanto a última poderá ser constatada pelo PET-SCAN e por métodos que medem a extração e o consumo de oxigênio (HC-FMUSP). Estar em morte encefálica, portanto, é estar em uma condição de parada definitiva e irreversível do encéfalo, incompatível com a vida e da qual ninguém jamais se recupera. Logo, os doentes considerados desenganados e em fase terminal que se recuperaram são aqueles que em verdade não preenchiam os critérios de morte encefálica, dela possuindo apenas a aparência, como certos estados comatosos que resultam da agressão de um ou de vários órgãos do corpo humano. Conseqüentemente, carece de argumentação científica o pretexto utilizado pelos espíritas para condenarem o transplante de órgãos: a eutanásia de modo algum se encaixaria nesses casos de morte encefálica comprovada.
Uma objeção por assim dizer ponderável que se faz no meio espírita em relação ao transplante de órgãos diz respeito às repercussões perispirituais que o Espírito possa vir a sentir. Diagnosticada a morte encefálica, experimentaria o Espírito algum tipo de dor no momento em que um órgão de seu corpo moribundo esteja sendo retirado pela equipe médica que intervém no processo? Os Espíritos reveladores informam que a separação da alma e do corpo não é dolorosa (“O Livro dos Espíritos”- questão 154), embora os relatos mediúnicos, sobretudo quando descrevem o sofrimento por que passam os suicidas, nos mostrem que alguns deles experimentam a sensação aterrorizadora da decomposição do corpo físico que já foi abandonado à sepultura! Ora, é a Doutrina Espírita também que nos esclarece que os laços perispirituais não se quebram, simplesmente se desatam. (Questão 155 - obra citada). Isso é facilmente entendido na chamada morte natural, aquela que sobrevém pelo esgotamento dos órgãos físicos, em conseqüência da idade ou de moléstia prolongada. Contudo, nos casos de morte violenta, em que a desencarnação não resultou da extinção gradual das forças vitais, sendo mais tenazes os laços que prendem o corpo ao perispírito, mais lento será o desprendimento completo do corpo espiritual. Ou seja, persistindo ainda alguns laços que prendem o perispírito ao corpo agonizante ou em estado de decomposição, conforme o tempo transcorrido é natural que, a alma experimente certa repercussão no corpo perispiritual provocada pela retirada dos órgãos que serão transplantados, sem que isso se traduza necessariamente por dor ou sofrimento.
No entanto, os Espíritos nos têm alertado sobre o cuidado que devemos observar diante da cremação de cadáveres. Segundo orientação transmitida pelos Imortais a Léon Denis, “a cremação provoca desprendimento mais rápido, mais brusco e violento, doloroso mesmo para a alma apegada à Terra por seus hábitos, gostos e paixões”. Emmanuel chega mesmo a recomendar que se procrastine a cremação por 72 horas, certamente em virtude dos ecos de sensibilidade existentes entre a alma e o corpo que será incinerado. Trazendo o problema para a órbita dos transplantes, poderíamos, da mesma forma, inferir que a retirada abrupta de tecidos ou órgãos de um corpo, cujos laços perispirituais ainda não se romperam completamente, possa levar a igual resultado, ou seja, provocará dor e sofrimento de gradação variada. É possível! Contudo, não nos esqueçamos de que o Espírito de um indivíduo que só viveu para a satisfação de seus instintos materiais e sensuais poderá experimentar também dores inenarráveis, em virtude do processo natural de decomposição do corpo que a morte colheu, ainda mesmo que tenha sido abençoado pela chamada morte natural e não haja sofrido o processo de cremação! Nele, o desprendimento do perispírito é bem mais lento, podendo durar dias, semanas ou meses. Recordemos, ainda, de situação que ocorre todos os dias nas grandes cidades: a prática da necrópsia, exigida por força da Lei, nos casos de morte violenta ou sem causa determinada: abre-se o cadáver, da região esternal até o baixo ventre, expondo-se-lhe as vísceras tóracoabdominais.
Muitas vezes a morte do corpo físico se verificou horas antes dessa intervenção, portanto, no período em que o desligamento dos laços perispirituais não se teria dado completamente, podendo o processo repercutir de forma dolorosa na alma que partiu! Muitos exemplos poderiam enumerar ainda para ilustrar outros casos que resultassem em idêntica conseqüência para o Espírito recém-chegado ao Plano Espiritual. Mas... sofreriam eles, realmente, em qualquer uma dessas situações? E a questão do mérito pessoal? Estaria o destino dos Espíritos desencarnados à mercê da decisão dos homens em retirar-lhes os órgãos para transplante, em cremar-lhes o corpo ou em retalhar-lhes as vísceras por ocasião da necrópsia?! O bom senso e a razão gritam que isso não é possível, porquanto seria admitir a justiça do acaso e o acaso não existe!
Jesus - Cristo marcou a sua passagem entre nós pelos exemplos de caridade de que se fez protagonista. A autoridade dos seus ensinamentos reside precisamente nos atos de nobreza com que dignificou o seu apostolado na Terra.
E quantas vezes Ele se serviu de imagens do cotidiano para ilustrar a Sua mensagem de paz e de boa vontade entre os homens! A parábola da ovelha e dos bodes, na alegoria do Juízo Final (Mateus 25:31-46), assim como a do Bom Samaritano (Lucas, 10:25-37) evidenciam o Seu empenho em nos apontar o verdadeiro caminho da felicidade eterna - a caridade, o amor na sua mais lídima expressão. As curas por Ele operadas em nome da fraternidade legítima, os exemplos numerosos de que deu testemunho ao vivenciar o entendimento, a tolerância, a humildade e o perdão sem fronteiras atestam de maneira eloqüente que o seu discurso estava perfeitamente alinhado com a conduta irrepreensível que dele fez o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. (“O Livro dos Espíritos” - questão 625).
Paulo de Tarso, o vaso escolhido por Jesus para levar a mensagem libertadora do Evangelho muito além das acanhadas fronteiras de Israel é, também, um exemplo vivo de dedicação e de fidelidade à causa cristã. E ninguém melhor do que ele para compreender a exata dimensão do amor que se desprende das lições iluminadas da Boa-Nova: falar a língua dos homens e dos anjos; ter fé ao ponto de transportar montanhas; distribuir todos os bens, entre os pobres; e entregar o próprio corpo ara ser queimado, nada disso teria proveito se não fosse chancelado pelo amor. Amor paciente, benigno, que não arde em ciúmes, que não cuida dos seus interesses, que se regozija com a verdade, que sofre, que suporta tudo, que jamais acaba... (I Cor., 13:1-13).
A Doutrina Espírita, cumprimento da promessa de Jesus de permanecer eternamente conosco, resumiu todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com o Criador através da máxima ”FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO” (Allan Kardec - “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap. 15, item 5). Seus missionários nada mais têm realizado do que observar fielmente esse preceito.
Ora, quando retiramos partes de um cadáver para transplantar em alguém não é o sentimento da mais pura caridade que nos impulsiona? Não estaremos animados daquele sentimento de solidariedade, de caridade pura e desinteressada a que o Evangelho se refere e nos convida a por em prática?
Sejamos pragmáticos. O Espiritismo não poderá jamais contestar interpretações que se afastem desse princípio, a pretexto de defender hipotéticas considerações doutrinárias, até mesmo a de que o transplante levaria à obsessão. A retirada de órgãos aproveitáveis de um cadáver para serem transplantados em alguém que deles necessite não afetará o Espírito que animava o corpo do doador, se este não merecer passar por esta prova. A Lei de Deus, além de justa, é eminentemente misericordiosa, representando o transplante de órgãos valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas à nossa disposição para o exercício da caridade. Estejamos, pois, certos de que “eventuais repercussões perispirituais ou ecos de sensibilidade que o Espírito possa vir a sentir são irrelevantes, diante de um Bem maior”. (Jornal Espírita - fev./98).
Finalmente, não nos esqueçamos jamais de orientar o receptor de transplantes acerca da aquisição e manutenção da saúde que realmente importa - a saúde do Espírito. Todas as criaturas que Jesus curou fisicamente experimentaram o fenômeno da morte do corpo físico, ascendendo às regiões inacessíveis ao sofrimento somente aquelas que foram reconhecidas por muito se amarem.
  
Fonte: Revista Reformador – outubro/1998
Evandro Noleto Bezerra

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Carta Psicografada Por Chico Xavier Conforta Nair Belo!

Assistam o vídeo, muito emocionante a energia que emana do bem, por maior que seja a dor da saudade não devemos transparecer, para que assim disseminemos energias positivas do amor de cristo, pois a vida é eterna e a nossa existência atual é passageira.

confiram a reportagem abaixo!  

Uma mulher que sempre fez questão de mostrar para as pessoas seu lado cômico e engraçado, conta como foi ajudada pelo médium Chico Xavier, e a cada dia numa batalha incessante de paz e alivio, dá dor da perda de um de seus filhos, numa entrevista emocionante que vale a pena conferir!!!

O que é perispírito?

Você sabe o que é Perispírito?

O perispirito, corpo astral, corpo fluidico, ou ainda, corpo espiritual é no dizer dos espíritos um corpo fluídico que envolve o espirito.
Kardec é quem deu a este corpo fluídico o nome de perispírito, em alusão ao perisperma, membrana que envolve a semente de um fruto.
O perispírito é um dos produtos mais importantes do Fluido Cósmico Universal. “É uma condensação deste fluido em torno de um foco inteligente ou alma”.perispirito 150x150 O que é perispírito?
Tanto o corpo carnal como o perispírito são matéria e derivados do Fluido Cósmico, porém a matéria de ambos se encontra em diferentes condições vibratórias, como diria o espírito André Luiz.
Praticamente, todas as civilizações humanas do passado falaram no perispírito. Os egípcios o conheciam como o KHA; na índia, no Rig Veja fala-se em Língua-Sharira; no esoterismo judeu, Nephesh; Paracelso o chamou de Corpo Astral ou Evestrum; Paulo de Tarso de Corpo Espiritual ou Corpo Incorruptível.

Como funciona o passe espírita?

A cura por meio do passe mediúnico.

O passe é uma transfusão de energias de um indivíduo para outro. Ocorre através da imposição das mãos, sem a necessidade de tocar o corpo.
Nos centros espíritas, aqueles que se dedicam a dar passes são chamados de médiuns passistas.
Durante o passe, o fluxo energético se mantém e se projeta pela vontade do médium passista, como também de entidades espirituais que auxiliam na composição dos fluidos necessários ao paciente.
O passe é um ato de amor na sua expressão mais sublimada. É uma doação ao paciente daquilo que o médium passista tem de melhor, enriquecido com os fluidos dos espíritos benfeitores, formando uma única vontade e expressando o mesmo sentimento de amor. O passe, por isso, pode trazer benefício imediato. O doente, sentindo-se aliviado, mesmo que por alguns momentos, terá condições de trabalhar, por sua vez, na parte que lhe compete no tratamento.
A constância na aplicação da fluidoterapia (como alguns chamam o tratamento com passes) aos poucos, propiciará ao enfermo as energias de que carece e o alívio que tanto busca.
A atividade de passes é um serviço de conjunto. Os fluidos vitais dos médiuns associam-se aos fluidos espirituais, beneficiando as criaturas em níveis físico, emocional e psicológico.
Importante, porém, lembramos que a disposição psíquica de quem recebe o passe é que garantirá a maior ou menor assimilação das energias.
A vontade e a disciplina mental são a base do fenômeno de transfusão e absorção de energias.
passe espírita 150x150 Como funciona o passe espírita?
O passe espírita
Quando a pessoa que vai receber o passe existe um clima de meditação e de prece, os laços vitais que unem o perispírito ao corpo se afrouxam. Como conseqüência, ele experimenta a expansibilidade corpo astral (perispírito) que, utilizando-se da inerente propriedade de absorvidade, assimila os fluídos, à maneira da esponja em contato com um líquido qualquer.

sábado, 5 de novembro de 2011

O cachorro segundo o Espiritismo

"Quem maltrata um animal é alguém que não aprendeu a amar", Chico Xavier
EXCLUSIVO | QUEM sofreu com a despedida do seu melhor amigo canino já se perguntou: será que há algo esperando por ele do outro lado? Para o Espiritismo, essa vida é parte de uma constante evolução. Estão ai diversos filmes, como Chico XavierNosso Lar que mostram, de forma popular, como o chamado codificador do Espiritismo, Allan Kardec, trata dessas fases da alma.
MAS será que somente os seres humanos reencarnam? Na sua obra chave, O Livro dos Espíritos, Allan Kardec escreve: “Acreditar que Deus haja feito, seja o que for, sem um fim, e criados seres inteligentes sem futuro, fora blasfemar da Sua bondade, que se estende por sobre todas as suas criaturas.”
ESSE trecho intrigante tem motivado muitos debates sobre o papel dos animais na evolução humana. É o caso da zootecnista Fernanda Vieira que há mais de um ano iniciou um estudo focado das questões espirituais e os animais, e criou o blog Os Animais e o Espiritismo, que reúne mais 15 estudiosos. “Acreditamos que, apesar de vasta literatura, este ainda é um assunto pouco discutido e conhecido, com muitos tabus a serem vencidos. A internet nos auxilia a disponibilizar informações de qualidade para quem se interesse”, afirma.
PARA Fernanda é ilógico e até imoral pensar que outros animais estão na Terra para simplesmente servir os seres humanos. “Por que Deus, em sua infinita bondade, faria seres que não evoluem e apenas vivem para servir o homem? Por que apenas o homem seria o filho privilegiado?”, questiona.
A ZOOTECNISTA e estudiosa do Espiritismo Fernanda Vieira deu uma entrevista para o CaninaBlog. Confira abaixo as principais partes dessa conversa:
CANINABLOG: Qual é o papel dos animais segundo o Espiritismo?
Fernanda Vieira: Segundo a Ciência, todos somos animais. Segundo o Espiritismo, também. Os seres humanos diferenciam-se dos outros por um estado de consciência mais elevado. Todos nós, animais humanos e animais não humanos, temos nossa importância nesse planeta em que hoje vivemos. No livro A Espiritualidade dos Animais – Qual a sua dúvida sobre o tema?, Marcel Benedeti escreve que não é correto dizer que somos seres humanos, e sim que estamos no estágio da humanidade. Todos os seres vivos têm um mesmo princípio e caminham para um mesmo objetivo: a evolução espiritual. Nas obras da Codificação, Allan Kardec também escreve sobre os outros animais. Na questão 601 em O Livro dos Espíritos: “(…) tomemos os nossos mais inteligentes animais, o cão, o elefante, o cavalo (…)”. O que não exclui tantos animais que a Ciência já provou como detentores de certa inteligência.
CANINABLOG: Dentro deste pensamento, qual é o papel do cachorro?
Fernanda Vieira: Cada ser vivo tem seu papel a ser desenvolvido nesta vida. De maneira simples, podemos pensar que todos somos espírito, mas em níveis de evolução diferentes. Espíritos que encarnam em corpos humanos, como nós, estão à frente na caminhada espiritual evolutiva, quando comparados a outros espíritos que estão encarnados em outros animais, como exemplo os cães. Sabe-se que animais como cães, gatos, pássaros, vacas, galinhas – ditos animais domésticos – não reencarnarão em animais ditos selvagens, pois a proximidade com o ser humano ajuda estes espíritos a evoluirem mais rapidamente. Assim, a responsabilidade que temos sobre os outros animais é ou deveria ser a de um irmão para com o outro. Isto, infelizmente, não é observado na sociedade humana da atualidade.
CANINABLOG: Como podemos contribuir com a evolução dos cachorros?
Fernanda Vieira: Independentemente de filosofia, quem ama verdadeiramente um amigo (humano ou não) já auxilia sua evolução espiritual. Podemos lembrar de vários casos de cães que foram maltratados uma vida inteira por seus donos, o que os levaram a eliminação (eutanásia), por serem considerados perigosos demais para o ser humano. Estes seres tiveram, de alguma maneira, sua evolução marcada pela dor e sofrimento, o que pode provocar um atraso na retomada de sua evolução espiritual na mesma encarnação ou em outras. Emmanuel (psicografado pelo querido Chico Xavier) escreveu: “Nós, seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais. Na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar. Portanto, quem maltrata um animal é alguém que não aprendeu a amar.” O fator principal para a evolução de qualquer ser é o amor.
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