domingo, 29 de janeiro de 2012

Como acontece a nossa evolução ? – Visão Espírita


 Nosso planeta teve sua origem há mais ou menos 4,5 bilhões de anos e tudo era uma massa incandescente não possibilitando haver vida.
No decorrer de milhões de anos, a massa incandescente foi esfriando e foram se formando os elementos que existem hoje em nosso planeta: o ar, a água, as rochas, o solo, as plantas, os animais e o homem.
A vida apareceu há mais ou menos 3,5 bilhões de anos, portanto, um bilhão de anos após o início da formação da Terra. Afirma-se que a primeira forma de vida surgiu na água sob forma de seres minúsculos extremamente simples. Estes foram se tornando cada vez mais complexos e deram origem às células, depois às plantas e aos animais invertebrados que habitavam o mar. Mais tarde, a vida se fixou sobre a terra firme e depois no ar.
É fantástica a marcha de surgimento de diferentes formas de vida sobre a Terra:microrganismos, plantas, peixes, répteis, aves, mamíferos.
Ao longo de muito tempo, os seres sofreram transformações sucessivas, dando origem a várias espécies. Esse processo chama-se EVOLUÇÃO
Mas, após os répteis, surgem os animais horrendos das eras primitivas, os dinossauros.Emmanuel, no livro A Caminho da Luz disse que a Natureza tornou-se uma grande oficina de ensaios monstruosos. Os trabalhadores do Cristo analisaram a combinação prodigiosa dos complexos celulares, cuja formação eles próprios haviam delineado, então, aperfeiçoaram a máquina celular no limite possível em face das leis físicas do globo. Foi então que eles desapareceram para sempre da fauna terrestre.
Os primeiros seres humanos surgiram sobre a Terra há aproximadamente 3 milhões de anos. Parece muito, mas não é, se considerarmos que a vida no planeta tem mais de 3 bilhões de anos.
Nós espíritas concordamos com a teoria de Charles Darwin, mas ele deteve-se na evolução da forma física e Kardec deu continuidade mostrando que o corpo evolui conforme a evolução espiritual através da reencarnação.
De acordo com o Gênesis (o primeiro livro bíblico), o mundo, os animais e o homem foram criados diretamente por Deus durante uma semana.
Essa descrição é de uns 3 mil anos atrás, época em que o homem não tinha os conhecimentos científicos de hoje.

Atualmente, a narrativa da criação do mundo seria bem diferente. Mas num ponto ela continuará igual: Deus é o criador de tudo o que existe.
Tudo começa pelo átomo; do átomo passamos a ser um mineral; do mineral passamos a ser um vegetal; do vegetal passamos a ser um animal; do animal passamos a seres humanos; e enfim, de seres humanos passaremos a arcanjos. Por milênios e milênios de evolução experimentamos graus inferiores até conquistarmos a inteligência. Entre o irracional e o homem, há longos caminhos a percorrer.
Não fomos criados todos ao mesmo tempo, porque Deus cria incessantemente, por isso é natural que encontremos Espíritos, encarnados e desencarnados em graus de evolução diferentes.

Quando um cachorro, por exemplo, der sinal de inteligência, não continuará mais aqui na Terra, que não lhe oferecerá condições; ao desencarnar o Espírito desse cachorro irá para mundos em começo de evolução. Após cachorro, reencarnará no corpo de um primata aprendendo a andar de pé, a usar as mãos. Depois reencarnará num planeta primitivo, cujos moradores são espíritos que moram em cavernas. E assim, evoluirá com o planeta, assim como ocorreu com nós. Fomos moradores das cavernas, desencarnamos e aprendemos no plano espiritual alguma coisa; reencarnamos e voltamos melhor, com mais conhecimento; desencarnamos e encarnamos várias vezes até sairmos da caverna e nos tornarmos seres mais evoluídos, buscando cada vez mais o crescimento espiritual. Nosso planeta já foi um mundo primitivo e está passando de provas e expiações para regeneração.
Enquanto isso, outros mundos estão sendo criados e com ele passando por todo processo de evolução deles e dos seres que nele aparecerem.
Cada planeta é habitado por Espíritos com grau evolutivo correspondente ao planeta.
Allan Kardec classifica os planetas em:

1) Primitivos: onde os espíritos realizam suas primeiras encarnações.
2) De provas e de Expiações: onde predomina o mal, porque há muita ignorância; aí, as pessoas sofrem as conseqüências dos erros praticados (expiação) ou passa por experiências, testes, testemunhos (provas). A Terra é um mundo assim.
3) De Regeneração: neles não há mais a expiação, mas ainda há provas pelas quais o espírito tem de passar para consolidar as conquistas evolutivas que fez e desenvolver-se mais. São mundos de transição entre os mundos de expiação e os que vêm a seguir.
4) Ditosos ou Felizes: nestes mundos predomina o bem, porque seus moradores são espíritos mais evoluídos; há muito bem-estar e progresso geral.
5) Divinos ou Celestes: onde o bem sem qualquer mistura e a felicidade é absoluta, como obra sublime dos seus moradores: os puros espíritos.
Compilação retirados dos livros “A Gênese” de Kardec; “O Evangelho segundo o Espiritismo”; “A Caminho da luz” de Emmanuel; “Espiritismo, uma nova era” de Richard Simonetti.

Campanha “Amor à Vida! Aborto, Não!”

I – Considerações Doutrinárias

A Doutrina Espírita trata clara e objetivamente a respeito do abortamento, na questão 358 de sua obra básica O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec:
Pergunta – Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?
Resposta – “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.
Sobre os direitos do ser humano, foi categórica a resposta dos Espíritos Superiores a Allan Kardec na questão 880 de O Livro dos Espíritos:
Pergunta – Qual o primeiro de todos os direito naturais do homem?
Resposta – “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal”.

Início da Vida Humana

Para a Doutrina Espírita, está claramente definida a ocasião em que o ser espiritual se insere na estrutura celular, iniciando a vida biológica com todas as suas conseqüências. Na questão 344 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga aos Espíritos Superiores:
Pergunta – Em que momento a alma se uns ao corpo?
Resposta – “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”
As ciências contemporâneas, por meio de diversas contribuições, vêm confirmando a visão espírita acerca do momento em que a vida humana se inicia. A Doutrina Espírita firma essa certeza definitiva, estabelecendo uma ponte entre o mundo físico e o mundo espiritual, quando oferece registros de que o ser é preexistente à morte biológica.
A tese da reencarnação, que o Espiritismo apresenta como eixo fundamental para se compreender a vida e o homem em tua sua amplitude, hoje é objeto de estudo de outras disciplinas do conhecimento humano que, através de evidências científicas, confirmam a síntese filosófica do Espiritismo: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a Lei.”
Assim, não se pode conceber o estudo do abortamento sem considerar o princípio da reencarnação, que a Parapsicologia também aborda ao analisar a memória extracerebral, ou seja, a capacidade que algumas pessoas têm de lembrar, espontaneamente, de fatos com elas ocorridos, antes de seu nascimento. Dentro da lei dos renascimentos se estrutura, ainda, a terapia regressiva a vivências passadas, que a Psicologia e a Psiquiatria utilizam no tratamento de traumas psicológicos originários de outras existências, inclusive em pacientes que estiveram envolvidos na prática do aborto.

Aborto Terapêutico

O procedimento abortivo é moral somente numa circunstância, segundo O Livro dos Espíritos, na questão 359, respondida pelos Espíritos Superiores:
Pergunta – Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mão dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
Resposta – “Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.’
(Os Espíritos referem-se, aqui, ao ser encarnado, após o nascimento.)
Com o avanço da Medicina, torna-se cada vez mais escassa a indicação desse tipo de abortamento. Essa indicação de aborto, todavia, com as angústias que provoca, mostra-se como situação de prova e resgate para pais e filhos, que experimentam a dor educativa em situação limite, propiciando, desse modo, a reparação e o aprendizado necessários.

Aborto por Estupro

Justo é se perguntar, se foi a criança que cometeu o crime. Por que imputar-lhe responsabilidade por um delito no qual ela não tomou parte?
Portanto, mesmo quando uma gestação decorre de uma violência, como o estupro, a posição espírita é absolutamente contrária à proposta do aborto, ainda que haja respaldo na legislação humana.
No caso de estupro, quando a mulher não se sinta com estrutura psicológica para criar o filho, cabe à sociedade e aos órgãos governamentais facilitar e estimular a adoção da criança nascida, ao invés de promover a sua morte legal. O direito à vida está, naturalmente, acima do ilusório conforto psicológico da mulher.

Aborto “Eugênico” ou “Piedoso”

A questão 372 de O Livro dos Espíritos é elucidativa:
Pergunta – Que objetivo visa a providência criando seres desgraçados, como os cretinos e os idiotas?
Resposta – “Os que habitam corpos de idiotas são Espíritos sujeitos a uma punição. Sofrem por efeito do constrangimento que experimentam e da impossibilidade em que estão de se manifestarem mediante órgãos não desenvolvidos ou desmantelados.”
Fica evidente, desse modo, que, mesmo na possibilidade de o feto ser portador de lesões graves e irreversíveis, físicas ou mentais, o corpo é o instrumento de que o Espírito necessita para sua evolução, pois que somente na experiência reencarnatória terá condições de reorganizar a sua estrutura desequilibrada por ações que praticou em desacordo com a Lei Divina. Dá-se, também, que ele renasça em um lar cujos pais, na grande maioria das vezes, estão comprometidos com o problema e precisam igualmente passar por essa experiência reeducativa.

Aborto Econômico

Esse aspecto é abordado em O Livro dos Espíritos, na questão 687:
Pergunta – Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, chegará tempo em que seja excessiva na Terra?
Resposta – “Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele coisa alguma inútil faz. O homem, que apenas vê um canto do quadro da Natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto.”
Em O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XXV, a afirmativa de Allan Kardec é esclarecedora: “A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela dá. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentânea supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência de outro; e cada um terá o necessário.”
Convém destacar, ainda, que o homem não é apenas um consumidor, mas também um produtor, um agente multiplicador dos recursos naturais, dominando, nesse trabalho, uma tecnologia cada vez mais aprimorada.

O Direito da Mulher

Invoca-se o direito da mulher sobre o seu próprio corpo como argumento para a descriminalização do aborto, entendendo que o filho é propriedade da mãe, não tem identidade própria e é ela quem decide se ele deve viver ou morrer.
Não há dúvida quanto ao direito de escolha da mulher em ser ou não ser mãe. Esse direito ela o exerce, com todos os recursos que os avanços da ciência têm proporcionado, antes da concepção, quando passa a existir, também, o direito de um outro ser, que é o do nascituro, o direito à vida, que se sobrepõe ao outro.
Estudos científicos recentes demonstram o que já se sabia há muito tempo: o feto é uma personalidade independente que apenas se hospeda no organismo materno. O embrião é um ser tão distinto da mãe que, para manter-se vivo dentro do útero, necessita emitir substâncias apropriadas pelo organismo da hospedeira como o objetivo de expulsá-lo como corpo estranho.

Conseqüências do Aborto

Após o abortamento, mesmo quando acobertado pela legislação humana, o Espírito rejeitado pode voltar-se contra a mãe e todos aqueles que se envolveram na interrupção da gravidez. Daí dizer Emmanuel (Vida e Sexo, psicografado por Francisco C. Xavier, cap. 17, ed. FEB): “Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões”.
Mulher e homem acumpliciados nas ocorrências do aborto criminoso desajustam as energias psicossomáticas com intenso desequilíbrio, sobretudo, do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que surgirão a tempo certo, o que ocorre não só porque o remorso se lhes estranha no ser mas também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e desespero, de revolta e vingança dos Espíritos que a lei lhes reservava para filhos.
Por isso compreendem-se as patologias que poderão emergir no corpo físico, especialmente na área reprodutora, como o desaguar das energias perispirituais desestruturadas, convidando o protagonista do aborto a rearmonizar-se com a própria consciência.

No Reajuste

Ante a queda moral pela prática do aborto não se busca condenar ninguém. O que se pretende é evitar a execução de um grave erro, de conseqüências nefastas, tanto individual como socialmente, como também sua legalização. Como asseverou Jesus: “Eu também não te condeno; vai e não tornes a pecar.” (João, 8:11.)
A proposta de recuperação e reajuste que o Espiritismo oferece é de abandonar o culto ao remorso imobilizador, a culpa autodestrutiva e a ilusória busca de amparo na legislação humana, procurando a reparação, mediante reelaboração do conteúdo traumático e novo direcionamento na ação comportamental, o que promoverá a liberação da consciência, através do trabalho no bem, da prática da caridade e da dedicação ao próximo necessitado, capazes de edificar a vida em todas as suas dimensões.
Proteger e dignificar a vida, seja do embrião, seja da mulher, é compromisso de todos os que despertaram para a compreensão maior da existência do ser.
Agindo assim, evitam-se todas as conseqüências infelizes que o aborto desencadeia, mesmo acobertado por uma legalização ilusória. “O amor cobre a multidão de pecados”, nos ensina o apóstolo Pedro (I Epístola, 4:8).

II – Considerações Legais e Jurídicas

Alteração do Código Penal
Tramita no Congresso Nacional Projeto de Lei que altera o Código Penal Brasileiro, nos seus artigos 124 a 128, elaborado por uma comissão especialmente criada com esse fim, e que já recebeu a acolhida do Ministério da Justiça e da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
O Código vigente, Decreto-Lei 2.848, de 7-12-1940, pune o aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento (art. 124), o aborto provocado por terceiro (art. 125), o aborto provocado com o consentimento da gestante (art. 126), e prevê formas qualificadas em caso de superveniência de lesões graves ou morte da gestante (art. 127). No art. 128, expressa não ser punível o aborto praticado por médico: “(...) II – Se a gravidez resultante de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal”, além, claro, daquele autorizado para salvar a vida da gestante (inciso I).
O anteprojeto de alteração do Código Penal Brasileiro vai além, em especial no seu artigo 128, com a ampliação de sua área de abrangência, ou seja, permitindo a prática do aborto: a) não só quando houver perigo de vida à gestante, mas também para, em caráter amplo, “preservar a saúde” da mulher (inciso I), ou b) não só em razão da gravidez originada de estupro, mas também quando a gravidez for resultado da “violação da liberdade sexual ou do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida” (inciso II) e c) quando houver fundada probabilidade de o nascituro apresentar graves e irreversíveis anomalias físicas ou mentais, mediante constatação e atestado afirmado por dois médicos (inciso III).
Dada a gravidade da questão, eis que as alterações propostas ampliam a descriminalização do aborto e implicam o poder de decidir sobre a vida de um ser humano já existente e em desenvolvimento no ventre materno, oferecendo à gestante inúmeras alternativas legais, não há como permanecer em silêncio, sob a pena de conivência com um possível procedimento que, frontalmente, fere o direito à vida, cuja inviolabilidade tem garantia constitucional. À vista dessas propostas, é necessário que se dê ênfase à responsabilidade assumida por todos quantos participem da perpetração do ato criminoso, desde a atividade legislativa e sua promulgação, convertendo em lei o leque abrangente da prática do abortamento, até quem o autoriza, com ele consente e o executa.
Vale notar que existem outros projetos de lei no Congresso sob o mesmo enfoque e, recentemente, o Sr. Ministro da Saúde, através de Norma Técnica, procurou antecipar a prática de procedimentos abortivos no sistema SUS.

O Direito À Vida

O direito à vida é amplo, irrestrito, sagrado em si e consagrado mundialmente. No que tange ao direito brasileiro, a “inviolabilidade do direito à vida” acha-se prevista na Constituição Federal (artigo 5º “caput”), o primeiro entre os direitos individuais, quando essa lei básica, com ênfase, dispõe sobre os direitos e garantias fundamentais.
O ser humano, como sujeito de direito no ordenamento jurídico brasileiro, existe desde a sua concepção, ainda no ventre materno. Essa afirmativa é válida porque a ciência e a prática médica, hoje, não têm dúvida alguma de que a criança existe desde quando fecundado o óvulo pelo espermatozóide, iniciando-se, aí, o seu desenvolvimento físico. Tanto correta é essa afirmativa que, no ordenamento jurídico brasileiro, há a previsão legal de que “a personalidade civil do homem começa pelo nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro” (artigo 4º do Código Civil – grifou-se). Entre esses direitos está, além daqueles que ostentem caráter meramente econômico ou financeiro, o primeiro e o mais importante deles, vale dizer, o direito à vida.
Surge, aqui, uma conclusão: a de que a determinação de respeito aos direitos do nascituro acentua a necessidade legal, ética e moral de existir maior e quase absoluta limitação da prática do abortamento. Uma exceção, apenas, há: quando for constado, efetivamente, risco de vida à gestante.
Essa limitação quase absoluta da permissibilidade do abortamento, com a exclusão da responsabilidade tão-somente no caso do inciso I do artigo 128 do atual Código Penal (risco de vida à gestante), afasta, moralmente, a possibilidade do abortamento em virtude do estupro (constrangimento da mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça), embora permitido no inciso II do dispositivo legal em tela. Isso porque, analisando-se o fato à luz da razão e deixando de lado, por ora, os reflexos do ato, na gestante, estar-se-ia executando autêntica pena de morte em um ser inocente, condenado sem que tivesse praticado qualquer crime e – o que se afigura pior e cruel -, sem que se lhe facultasse o direito de defender-se, direito esse conferido,legalmente e com justiça, até àqueles acusados dos crimes os mais hediondos.
Eis a razão do grito de repúdio ás propostas de alteração do Código Penal pátrio e, conseqüentemente, do alerta em defesa da vida, já que, no caso do abortamento, o destinatário do direito a ela se acha impossibilitado de exercê-lo. E mais: penalizam-se duas vítimas, a mãe que se submeterá ao abortamento, cuja prática pode gerar conseqüências físicas indesejáveis, além das de ordem psicológica, e o filho, cuja vida é interrompida, enquanto que o agressor, muitas vezes, remanesce impune, dadas as dificuldades que ocorrem, geralmente, na apuração da autoria do crime cometido.
Diante dessa situação, deve ser preservada a vida da criança como dádiva divina que é não obstante as circunstâncias que envolveram a sua concepção. Se, contudo, a mãe não se sentir com estrutura psicológica para aceitar um filho resultante de um ato sexual indesejado, a atitude que se afigura correta e justa é que se promova sua adoção por outrem, oferecendo-se a ele um lar onde possa ser criado e educado, enquanto é desenvolvido trabalho para reequilíbrio da mãe, com a superação (ainda que lenta e dolorosamente, mas saudável para seu crescimento moral, social e espiritual) dos efeitos nocivos do crime de que foi vítima. Não será, evidentemente, o sacrifício de um ser sem culpa, que desabrocha para a vida, que resolverá eventuais traumas da infeliz mãe, sem falar na possibilidade de sofrer ela as conseqüências físicas e psicológicas já referidas, além do reflexo negativo de natureza espiritual.
Há necessidade urgente de que se tenha consciência do crime que se pratica quando se interrompe o curso da vida de um ser. Não importa se, como no caso, esse curso esteja em sua fase inicial. Não se pode, conscientemente, acobertá-lo com o manto de questionável “legalidade”,
Cabe a cada um de nós amar a vida e dignificá-la, tanto quanto cabe aos homens públicos e, principalmente, aos legisladores e governantes criar as condições necessárias para que o respeito à vida e aos direitos humanos (inclusive do nascituro), a solidariedade e a ajuda recíproca sejam não só enunciados, mas praticados efetivamente, certos, todos, de que, independentemente da convicção religiosa ou doutrinária de cada um, não há dúvida de que somos seres criados por Deus, cujas Leis, entre elas, a maior, a Lei do Amor, regem nossos destinos.
Espera-se que, como resultado deste alerta que o quadro social está a sugerir, possa ser vislumbrada a gravidade contida nas alterações legislativas propostas. É urgente e necessário que todas as consciências responsáveis visualizem, compreendam e valorizem o cerne do problema em questão – o direito à vida -, somando-se, em conseqüência, àqueles muitos que, em todos os segmentos da sociedade, o defendem intransigentemente.
A análise e as conclusões aqui expostas, como decorrência lógica do pensamento espírita-cristão sobre o aborto, representam contribuição à ética, à moral e ao direito do ser humano à vida. Não há, no contexto desta mensagem, a pretensão de que todos que a lerem aceitem os princípios do Espiritismo. Espera-se, todavia, confiantemente, que haja maior reflexão sobre tão importante assunto, notadamente ante a observação de que conquistas científicas e médicas atuais, comprovando de forma irrefutável a existência de um ser desde a concepção com direito à vida, oferecem esclarecimentos e razões que orientam para que se evite qualquer ação, cujo significado leve à agressão à vida do ser em formação no útero materno. Afigura-se, assim, de suma importância qualquer manifestação de repúdio aos propósitos da alteração legislativa referida. Esse o objetivo desta mensagem.
Enquanto nós, os homens, cidadãos e governantes, não aprendermos a demonstrar amor sincero e acolhimento digno aos seres que, de forma inocente e pura, buscam integrar o quadro social da Humanidade, construindo, com este gesto de amor, desde o início, as bases de um relacionamento realmente fraternal, não há como se pretender a criação de um ambiente de paz e solidariedade tão ansiosamente esperado em nosso mundo.
Não há como se pretender que crianças, jovens e adultos não sejam agressivos, se nós os ensinamos com o nosso comportamento, logo de início, e até legalmente, a serem tratados com desamor e com violência.

Amor à Vida! Aborto, não!

(Este texto – O aborto na visão espírita – aprovado pelo Conselho Federativo Nacional em sua Reunião Ordinária de 13 a 15 de novembro de 1999, em Brasília, constitui o documento que a FEB está levando, como esclarecimento, à consideração das autoridades do Governo Federal, do Congresso Nacional e do Poder Judiciário. As Entidades Federativas estaduais, por sua vez, realizam o mesmo trabalho junto aos Governadores, Deputados Estaduais, Prefeitos, Vereadores, outras autoridades e ao público em geral, em seus Estados.)
Revista Reformador, Nº 2051, Fevereiro de 2000

domingo, 8 de janeiro de 2012

Visão Espírita da Sexualidade

1. SEXO

1.1 - A EPÍFISE

Para se falar em relação sexual e energia procriadora, faz-se necessário mencionar algumas das informações trazidas até nós pelo Espírito ANDRÉ LUIZ, sobre as funções da Epífise.
Ela reativa as forças criadoras no ser humano aos 14 anos aproximadamente. Permanece no período do desenvolvimento infantil em fase de reajustamento, absorvendo novos ensinamentos e reflexos que são ministrados nesta fase da vida, que farão frente ou somar-se-ão às colheitas das vidas passadas, que ressurgirão, de acordo com a vontade, sob fortes impulsos.

Por este motivo é denominada a glândula da vida Espiritual.
A Epífise funciona como uma usina, fonte geradora de elementos psíquicos ou "UNIDADES FORÇA" necessárias a fecundação das diversas formas da criação. Podendo ser direcionada para fecundação dos mais nobres valores da divindade ou utilizada para a orgia dos prazeres das criaturas terrestres.

1.2 - SEXO E AMOR

Palavras sublimes, tão vulgarmente pronunciadas por mentes insanas, nos meios atuais. O sexo não é patrimônio exclusivo da humanidade terrestre, é tesouro Divino em todos os mundos no Universo infinito. Permanece nas mãos das criaturas humanas, que ainda estão distantes da compreensão e vivência das Leis Divinas, num quadro triste de ignorância, perversão e desequilíbrio. O sexo na existência humana, pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja sexo.
O instinto sexual é força poderosa de atração, unindo os corpos físicos, reencontrando as almas, para resgates de débitos, dirigindo os homens para conquistas e objetivos da Lei Suprema: O AMOR, A FELICIDADE E A HARMONIA. Mesmo com a pobreza de valores íntimos, caminha o homem, embora lentamente, para o objetivo maior do Criador que é o progresso e a perfeição. Não podemos confundir sexo e amor, pois, enquanto o sexo é força instintiva o inconsciente, o amor é energia consciente e espontânea.
O homem em experiências afetivas, costuma confundir energia instintiva sexual como sendo "AMOR", que tem promovido quase todas as uniões de homens e mulheres na terra.
Observamos, constantemente, muitos lares desabados, porque só tinha energia instintiva sexual e nenhum "AMOR". O amor na terra é ainda uma aspiração da eternidade, encravada no egoísmo, nos interesses, na ilusão e na fome de prazeres que fantasiamos como sendo a Celeste Virtude. Desejo e sentimento de posse não significa "AMOR".

Faz-se necessário para um bom relacionamento, buscarmos o que nos ensina O EVANGELHO DE JESUS CRISTO, que "Devemos amar sem nos preocupar em sermos amados".
Para alcançarmos o amor sublime, devemos cultivar a semente da humildade, da bondade, da paciência, do perdão, da tolerância, da indulgência, da ternura, da delicadeza, da renúncia e do entendimento.

Sem os tesouros da fé sincera, essas plantas Divinas não germinarão no canteiro do coração. Antes do tempo, sucumbirão, alastrando a desarmonia, a delinqüência e os crimes, isto sem falarmos na ampliação dos débitos e na adiamento dos resgates anteriores para reencarnações futuras, quase sempre acrescidas de dores e sofrimentos para o nosso bem.

1.3 - SEXO - EXCESSOS E ABUSOS

O sexo tem sido tão aviltado pela maioria dos homens reencarnados na crosta, que o que observamos na atualidade é a inversão dos valores Sublimes da Criação Divina, transformado em rolo compressor para os interesses da indústria do sexo.
É no momento a utilidade mais divulgada e a mais procurada em nossos dias. O interesse é despertar tanto no homem como na mulher a sensualidade, não se importando com os danos que isto certamente vai causar.

a) O que interessa são os lucros a se arrecadar, ao invés de cultivarmos os valores morais sublimes que ainda não conseguimos enxergar.
b) A relação sexual entre a maioria dos homens e mulheres terrestres, se aproxima demasiadamente das manifestações dessa natureza entre os irracionais, sem nenhuma obediência às Leis Divinas.
c) Neste plano de baixas vibrações onde predomina ainda a semi-brutalidade, muitas inteligências admiráveis preferem demorar em baixas correntes evolutivas.
d) A união sexual entre criaturas que já atingiram grandes elevações é muito diferente, traduz a permuta sublime de energias perispirituais, simbolizando o alimento Divino para a inteligência e para o coração e, força criadora não somente de filhos carnais, mas também de obras e realizações generosas da alma para a vida eterna. Lembra-nos ANDRÉ LUIZ, que se refere ao objetivo Santo da Criação e não apenas ao trabalho procriador. A procriação é um serviço que pode ser realizado por aquele que ama, sem ser o objetivo exclusivo das uniões.
O Espírito que odeia ou que cultive os valores contrários à Lei de Deus, não pode criar vida superior em parte alguma.
É lamentável que o homem tenha menosprezado tanto as faculdades criadoras do sexo, desviando-as para os vértices de prazeres infinitos, no desejo incontido de auto satisfazer-se até a prestação das próprias forças, porém todos pagarão pelas faltas que cometerem ao altar Santificado.

Todo ato criador está repleto de sagrados valores da Divindade e são estes valores tão abençoados que por interesse de mentes enfermiças, conduzem impreterivelmente para o abuso e orgias de prazeres.
Assim, homens e mulheres raciocinando numa atmosfera mental caótica, permitem aos obsessores do invisível colocar em prática seus interesses na desintegração familiar e social, bem como, retardar o progresso Espiritual, mantendo a grande maioria das criaturas, que se afinam com seus ideais, sob controle e, com isto, preservam os meios para saciar os seus desejos que não foram corrigidos enquanto encarnado.
Como ninguém foge aos imperativos da Lei de Deus, esses seres, que causaram desvario sexual, resgatarão em reencarnações futuras à duras penas, podendo ser portadores de doenças eminentemente cármicas, a epilepsia, a lepra, a paranóia, a hidrocefalia, o mongolismo e outras moléstias, como também ter como obsessores vários dos que foram prejudicados em caminhadas anteriores.

1.4 - PROSTITUIÇÃO

Igual ocorre a outros maior de prova e expiação das criaturas que habitam a terra, está destinada também a desaparecer na proporção que ocorra o progresso moral e, a humanidade colocar como base os ensinamentos que o Mestre ensinou - "Que não devemos desejar ao próximo o que não queremos para nós". Na Evangelização está a cura das doenças que todos, indistintamente, ajudamos a proliferar.
Até hoje muitos de nós que acusamos a leviandade e a queda dos valores morais, esquecemos de que não havendo cliente não há transação e que o mal só se acabará quando não houver mais quem o alimente. Assim, todos que direta ou indiretamente alimentar a "Máquina do Sexo", seja no relacionamento íntimo remunerado, na procura de artigos promíscuos para saciar instintos inferiores ou na omissão de pensamentos e vibrações dessa natureza estamos contribuindo para o caos que se avizinha.
Com base nos ensinamentos Espíritas e de acordo com o que exemplificou o Amado Mestre Jesus, todos temos menor ou maior parcela de culpa no que estamos vendo, portanto devemos amparar nossos irmãos ou irmãs dos prostíbulos ou mercadores de tão sublime Santuário Divino, que deveria ser utilizado para o progresso das criaturas.

1.5 - ADULTÉRIO

Não podemos apoiar tais faltas, pois o próprio Jesus, após livrar a mulher adultera, prestes a ser apedrejada, devido aos preceitos da época, pediu-lhe que fosse e não pecasse mais.
O ser humano caminha a passos lentos da poligamia para a monogamia, cada homem e cada mulher com maior ou menor anseio sexual, expressando por necessidade de apoio afetivo vem de experiência em experiência, errando e acertando e tornando a errar para acertar com mais segurança até conseguirmos, como filhos de Deus, em evolução na terra, equilíbrio das energias, distribuindo-as para as mais nobres tarefas do amor universal. Com base nos ensinamentos de Cristo, onde mandou os Fariseus enfurecidos que atirassem a primeira pedra quem não tivesse pecado, mostrou-nos que ninguém está isento, nos cardumes da existências aos chamados erros do amor. Se não bastasse os erros de outras existências, quem não teve nesta reencarnação um problema nos transes do coração. Veremos então que adúlteros todos somos, e por isso, temos que ser indulgentes para com todos que caíram nas teias, que contribuímos durante os séculos e, continuamos contribuindo com atos e pensamentos invigilantes, onde formamos atmosfera psíquica necessária para deslizes dos nossos irmãos.

1.6 - HOMOSSEXUALISMO

Levando tal comportamento para além das bases materialistas da grande massa heterossexual existente sobre a terra e seus preconceitos moralistas em bases hipócritas, à luz da reencarnação é perfeitamente compreensível. Com o desenvolvimento da humanidade cresce a quantidade de irmãos, homens e mulheres, somando extensas comunidades em todos os países, clamando por respeito, atenção e igualdade como criaturas humanas.
O Espírito em suas várias encarnações através dos tempos e, confirmando que todos são iguais perante Deus, poderá usar a vestimenta carnal que se fizer necessária, ora masculina ora feminina, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade mais ou menos pronunciada em quase todas as criaturas. Desta forma, a individualidade em Trânsito da experiência feminina para a masculina, demonstrará fatalmente traços do sexo que estagiou por muitos séculos. Claramente compreensível que o Espírito, atendendo aos impositivos regenerativos, poderá reencarnar com um corpo diferente do que não correspondeu perante as aspirações divinas. O homem que abusou das faculdades genésicas arruinando a existência de outras pessoas, com a destruição de uniões construtivas, é forçado a buscar nova posição no renascimento físico, em corpo morfologicamente oposto, aprendendo em regime de prisão, à reajustar os próprios sentidos. Poderá também Espíritos cultos e sensíveis, sequidos de realizar tarefas específicas para a elevação de grupos humanos e conseqüentemente elevar-se também, rogar dos Benfeitores da vida maior que os assistem à utilização de vestimenta corpórea oposta à estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definem, protegendo-se desta forma dos arrastamentos irreversíveis no mundo afetivo e terem maiores êxitos nos objetivos almejados.
Observando as tendências homossexuais dos companheiros que estão a caminho no campo de provas e expiações é forçoso que lhes dê o amparo educativo e muito amor.

1.7 - DOENÇAS VENÉREAS

A promiscuidade que os seres humanos cultivam desde os tempos mais remotos e que chega ao cume nos tempos atuais, onde o que impera é a satisfação descontrolada dos instintos sexuais, a níveis tão deploráveis que as pessoas passaram a ser encaradas como material de consumo, perdendo até mesmo a dignidade própria.
Com isso, assistimos com o passar dos tempos o aumento das doenças sexualmente transmissíveis, que quase sempre deixam seqüelas na saúde da sociedade, crianças nascendo com graves problemas de saúde, pessoas idosas pagando os seus erros de quando jovens e assim chegamos pelo acúmulo dos nossos erros, não pela vontade de Deus, mas pelo abuso dos homens, ao mal do século, que a medicina definiu como "AIDS". Mas como Deus é infinitamente bondoso e justo, não interferindo em nosso livre arbítrio, permite que erremos, para que quando emergirmos do erro, tenhamos aprendido a não mais errar.
O mais doloroso de tudo isto é a morosidade do homem acordar e ver a realidade. Ao invés de expor a ferramenta de Deus lhe concedeu para o progresso do Espírito, sem nenhum remorso, ele, em muitos casos leva ao desastre, também, seus próprios filhos e esposa.
A AIDS é o efeito e não a causa e, daí, somos obrigados a admitir que o mal do século não é a AIDS e sim o descontrole sexual que chegou, devido ao mais elevado nível da degradação moral. Como o homem, em sua grande maioria, só acorda pela dor, estamos assistindo diariamente o ceifamento de milhares de vidas. O remédio existe, basta que a humanidade troque promiscuidade por responsabilidade e amor próprio. O Mestre Amado Jesus veio a quase 2.000 anos, plantou a semente e, em pouquíssimos solos ela pode germinar. Na maioria dos seres, ela se encontra encravada necessitando de ser regada, pela menos com uma porção mínima das virtudes que o Divino Mestre nos ensinou. Muitos preferem continuar no erro, fingindo desconhecer as Leis do progresso do ser eterno, pela qual, o Criador espera que todos os seus filhos tenham êxito.

A educação sexual que é levada através do meios de comunicação no combate à AIDS, não ataca diretamente a causa, devido aos interesses comerciais que não permitem uma ação mais eficaz. Ao invés de oferecer preservativos, para evitar a contaminação, deveria ser ministrado um pouco de Evangelização, pois este seria o remédio para curar os males que nós mesmos causamos em nossas múltiplas reencarnações.
Informativo AMPARE, Edição de Fevereiro. Copyrights © 1995-97, Informativo AMPARE.

Visão espirita sobre Tatuagens nos membros da mediunidade

Artigo retirado do programa pinga fogo:
     Muitas pessoas têm dúvida se o Espiritismo permite tatuagens para o trabalhador espírita. Em princípio, cabe lembrar que a Doutrina Espírita nada proíbe. No entanto, dota os indivíduos de elementos para reflexão para que decidam conscientemente. Não é a utilização de tatuagens que desmerecerá o caráter de uma pessoa. No entanto, alguns tipos de tatuagens, com motivos funestos, classificam-se como inconvenientes e impróprias para um trabalhador espírita
        Segundo Divaldo Pereira Fraco, respeitado médium e orador espírita, pessoas que tatuam o corpo inteiro ou o enchem de piercings, são almas que ainda trazem reminiscências vivas de encarnações em épocas bárbaras, quando guerreiros sanguinários se utilizavam desses meios para se impor frente aos adversários.



     Necessário sairmos da superficialidade. A questão cultural é muito importante para entendermos porque alguns povos adotam certos costumes estranhos a outras culturas. Na Tailândia, fronteira com Myanmar, antiga Birmânia, existe uma tribo isolada onde as mulheres cultuam pescoços longos. Para tal,   utilizam argolas no pescoço, desde a infância, para provocar o aumento do pescoço.
         Para os integrantes da tribo, todo este procedimento é muito natural, pois faz parte de suas crenças e seus costumes. Trata-se de culto ao corpo e a beleza, sem conotação de auto-agressão.


        Nota-se que a compreensão espiritual dos nativos dessa tribo é bastante diferenciada do restante do mundo. Essas particularidades de entendimento implicam em conseqüências diferentes no mundo espiritual, pois cada qual está na situação de elevação espiritual que já tenha conquistado.
     É necessário compreender o indivíduo de forma integral. As reações expressas no corpo são conseqüências de seus pensamentos e, estes, resultado das crenças, experiências e visão de mundo. Tudo é muito relativo até que se descubra como funcionam determinadas Leis Divinas. A Doutrina dos Espíritos não proíbe - esclarece. Não condena - conscientiza. Não se coloca ‘em cima do muro’, mas mostra como construir e trilhar o melhor caminho.
       Uma tatuagem por si só não faz ninguém melhor ou pior. No entanto, perguntemos o que está por trás dessa tatuagem? Quais sãos os sentimentos, os anseios, as crenças daqueles que cobrem seus corpos com tais símbolos?
       É preciso compreender as razões de alguém tatuar todo o corpo, camuflando-se de si mesmo. Grande parte o faz conduzido pelo modismo. Outros tantos ainda se encontram presos a hábitos de outras encarnações, que transitam do inconsciente para o consciente do indivíduo, resultando na transfiguração do indivíduo.
     O Espiritismo não julga, porém compreende que, com o amadurecimento, o Espírito cultivará apenas os valores que nortearão sua verdadeira vida. Tatuagens, piercings são todas práticas transitórias. Convém perceber, contudo, se tais pessoas estão abaladas, desequilibradas emocional e espiritualmente. O que as faz quebrar a barreira do bom senso e do discernimento? Por que provocam para si as dores e sofrimentos?
     Frente a tais perguntas, a Doutrina Consoladora busca no íntimo do ser o seu real problema. Convida-o ao autoconhecimento e ao exercício do auto-aprimoramento. Recomenda bom senso, amor a si mesmo, equilíbrio e a busca incessante ao Pai Criador, o único que poderá nos preencher de alegria e felicidade.
  Hoje a moda cobre o corpo de desenhos e objetos. Amanhã o mundo será coberto de almas verdadeiramente engajadas no trabalho de servir, deixando de lado o culto exterior – superficial – para as conquistas de valores espirituais duradouros.


     Analisemos a alma para descobrir o porquê do estado do corpo. Compreendamos o profundo para entender claramente o superficial. O certo e o errado; o bem e o mal nada mais são que experiências condizentes ou não com as Leis Naturais. Valorizar o corpo e a alma é ensinamento que todos os homens compreenderão e, então, já não discutiremos assuntos superficiais, mas assuntos da alma. Deixando do lado o embrulho para valorizar o conteúdo.
   Para maiores informações, leia o artigo "Tatuagens e Body Piercing: A Linguagem do Corpo", produzido pela Equipe Evangelize, do CVDEE (Centro Virtual de Estudos da Doutrina Espírita).

PINGA-FOGO


Este artigo foi elaborado em resposta à seguinte pergunta:


Tatuagens são permitidas ao trabalhador espírita?
(Questão enviada por Sandra L. G. A.)